Coreógrafa Tânia Carvalho é a nova diretora artística do Festival Cumplicidades

O Cumplicidades -- Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa voltará aos palcos e outros espaços da capital em março de 2018 com direção artística da coreógrafa e bailarina Tânia Carvalho, anunciou hoje a organização.
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De acordo com a mesma fonte, na segunda edição, a programação nacional estará sob a alçada da coreógrafa e bailarina portuguesa Tânia Carvalho, e, no âmbito internacional, caberá ao artista espanhol Abraham Hurtado coordenar essa área do projeto, segundo a organização.

Organizado pela EIRA, estrutura artística com sede na capital, o festival bienal, lançado em 2015 como "ano zero", teve a primeira edição em 2016, quando foi distinguido - entre 761 festivais de 31 países - com a certificação EFFE (Europe for Festivals Festivals For Europe), e novamente em 2016.

Quando o festival foi lançado, o então diretor artístico, o bailarino e coreógrafo Francisco Camacho, sublinhou que o objetivo do certame, dirigido a todas as faixas etárias de público, era "trazer a dança de novo ao imaginário de Portugal".

Para a segunda edição, o festival "pretende continuar a assegurar a heterogeneidade e a construção de um discurso multicultural, transfronteiriço, plural e inovador".

A diretora artística para a programação nacional da segunda edição do Cumplicidades, Tânia Carvalho, nascida em 1976, em Viana do Castelo, frequentou a Escola Superior de Dança de Lisboa e, em 1997, ingressou no Curso de Intérpretes de Dança Contemporânea Fórum Dança, também na capital.

Fez ainda o Curso de Coreografia da Fundação Calouste Gulbenkian e tem vindo a colaborar em vários trabalhos, tanto em interpretação como criação, como os coreógrafos Luís Guerra de Laocoi, Francisco Camacho, Carlota Lagido, Clara Andermatt, David Miguel, Filipe Viegas e Vera Mantero.

Tânia Carvalho foi também atriz no Projecto Teatral e é autora de peças como "De mim não posso fugir, paciência!", "Danza Ricercata", apresentada no Tanz Im August de 2009, em Berlim, "Der Mann Ist Verrückt" ("O homem é Doido") e "Olhos Caídos".

Concebeu os projetos musicais "Madmud", "Trash Nymph" e "Moliquentos", e é co-fundadora do coletivo de artistas Bomba Suicida.

No âmbito internacional, caberá ao artista Abraham Hurtado, coordenar um projeto que irá fazer uma convocatória para selecionar artistas que integrarão uma co-produção internacional, cuja estreia terá lugar na edição 2018 do Festival Cumplicidades.

Abraham Hurtado, diretor artístico do coletivo AADK, plataforma artística em Berlim, será ao mentor durante o processo de criação e o responsável pela coordenação artística global.

Desde 2012 que Abraham Hurtado, artista plástico e 'performer', dirige o Centro Negra, um espaço para a investigação e criação contemporâneas em Blanca, Murcia (Espanha).

Fundada em 1993, a EIRA tem vindo a produzir e promover, nacional e internacionalmente, os espetáculos do coreógrafo português Francisco Camacho, tendo alargado, a partir de 1996, a sua atividade à produção para artistas associados à estrutura, de várias gerações.

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