Cordão policial impede entrada na escola da Fontinha

Um cordão policial, com cerca de 30 elementos, está a impedir a entrada na Escola da Fontinha, no Porto, local de onde foi hoje despejado o movimento Es.Col.A.
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Os elementos afetos ao Es.Col.A -- Espaço Coletivo Autogestionado do Alto da Fontinha, após o despejo, manifestaram-se na esquadra da Polícia de Segurança Pública do Heroísmo, depois na Câmara do Porto e regressaram posteriormente à Escola, de forma a reocuparem o espaço.

A Es.Col.A - Espaço Colectivo Autogestionado do Alto da Fontinha é um projeto sem fins lucrativos que oferece várias valências, como aulas de desenho, ioga ou guitarra e um clube de xadrez para todas as idades.

Durante a ação de despejo, três indivíduos foram detidos e levados para a esquadra do Heroísmo e serão hoje presentes a tribunal.

A Câmara do Porto garantiu hoje que estava disponível para permitir a ocupação da Es.Col.A até ao fim de junho, desde que fosse formalizado um contrato de cedência e o pagamento de uma renda simbólica de 30 euros.

Foi perante "a incompreensível recusa do grupo em aceitar estas condições mínimas exigidas por lei" e "aplicadas a qualquer cidadão ou instituição" que se procedeu ao despejo coercivo, explica a autarquia, em comunicado.

O coletivo Es.Col.A, instalado na antiga escola primária da Fontinha desde abril de 2011, foi hoje de manhã despejado do local.

Um dos manifestantes presentes na Câmara do Porto regou-se com um líquido que disse ser gasolina e tentou imolar-se, mas a polícia retirou-o imediatamente do local.

A deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins, agora presente nas proximidades da escola da Fontinha, disse estar a aguardar autorização da polícia para aceder ao interior do espaço, de forma a perceber se houve vandalização, conforme as denúncias que diz ter recebido.

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