Controlinveste avança para reestruturação
Num comunicado emitido na manhã de hoje, o CA da Controlinveste justifica a decisão com "a evolução negativa do mercado dos media (...) e a acentuada quebra de receitas do sector" , o que impôs à empresa "uma decisão estratégica de redução de custos para garantir a sustentabilidade do negócio".
Na comunicação aos trabalhadores, o CA informa que iniciou um processo de corte de custos com efeitos imediatos e contabiliza que, neste âmbito, "foram já identificadas algumas rubricas que permitirão uma poupança de 5 milhões e quinhentos mil euros equivalentes anuais", para além da reestruturação de pessoal agora em curso.
Pode ainda ler-se no comunicado que "apesar de todos os esforços da anterior Administração para melhorar a performance da empresa, a verdade é que nos últimos 3 anos (de 2011 a 2013) apresentámos um deficit de tesouraria e resultados antes de impostos negativos em montantes consideráveis. A continuação desta performance negativa colocaria em causa a viabilidade da nossa empresa, com consequências que atingiriam todos os que nela trabalham e o próprio universo dos media em Portugal, afetando negativamente a sua diversidade e pluralismo".
O CA da Controlinveste é presidido por Daniel Proença de Carvalho desde a recente recomposição acionista que integrou no capital da empresa os empresários António Mosquito (27,5%) e Luiz Montez (15%), além dos bancos BCP e BES (ambos com 15%). O anterior proprietário, Joaquim Oliveira, passou a deter 27,5%.
A Controlinveste apela agora ao apoio de todos os trabalhadores prometendo "para breve (...) algumas novidades" que irão "levar [a empresa] ao inicio de uma nova era na imprensa escrita, no digital ou na rádio", iniciando "um novo ciclo de crescimento sustentado".