"Continua, está bom", disse o VAR na falta sobre Pepe
O toque de Diego Costa em Pepe no lance que resultou no primeiro golo espanhol frente a Portugal foi evidente para muita gente no estádio e comprovado pelas imagens televisivas do encontro. No entanto, nem o árbitro Gianluca Rochi nem o videoárbitro (VAR) - que é usado pela primeira vez num Campeonato do Mundo - registaram qualquer infração, o que deixou incrédulos os jogadores da seleção portuguesa no relvado e levantou inúmeras interrogações pelo mundo fora, rapidamente espalhadas através das redes sociais.
Na manhã de sábado, algumas horas após o frenético duelo ibérico de Sochi, a FIFA veio explicar que o árbitro italiano do Portugal-Espanha (3-3), Gianluca Rocchi, recorreu a "uma verificação" do lance entre Diego Costa e Pepe sem, no entanto, visionar o videoárbitro.
"Ele [o árbitro] teve uma comunicação com o árbitro principal [VAR] sobre o golo de Diego Costa, após o contacto com Pepe. Ele perguntou "Rapazes, viram alguma coisa?", e os assistentes responderam "Está bom, Gianluca, continua"", explicou a instância suprema do futebol, em declarações à agência francesa AFP.
O VAR esteve sábado, de resto, em destaque nos jogos realizados, tendo contribuído para a marcação de penáltis a favor da França (contra Austrália) e do Peru (contra a Dinamarca).
Portugal já prepara Marrocos
À margem disso, e com o pensamento já na próxima partida, frente a Marrocos, Portugal voltou ontem aos treinos no seu quartel-general de Kratovo, após o empate com a Espanha, numa sessão que não contou com os 11 titulares do duelo ibérico - fizeram apenas trabalho de recuperação, com ginásio, banhos e massagens.
Quaresma, João Mário e André Silva, que entraram na segunda parte do jogo com os espanhóis, cumpriram treino normal, com os jogadores não utilizados. Para o desafio de quarta-feira, frente a Marrocos, em Moscovo, é possível que Fernando Santos promova alguma alteração, com João Mário e André Silva como principais candidatos a entrar no onze.
Hat trick não muda ideias do Real
Entretanto, em Espanha, o diário Marca escreve que nem os três golos à seleção espanhola fazem o Real Madrid ceder às pretensões de Cristiano Ronaldo sobre uma melhoria salarial. O clube continua a querer que CR7 se mantenha de branco e aguarda a resposta à proposta contratual que fez, sendo certo que os merengues não estarão dispostos a exceder a barreira dos 30 milhões de euros anuais líquidos com o jogador de 33 anos.