Contingência permite chamar até 100 novas equipas de combate

Situação continua a preocupar e Estado de Contingência entrou em vigor à meia noite. É a primeira vez que é acionado nestas circunstâncias.
Publicado a
Atualizado a

O combate aos incêndios em Portugal parece estar longe de terminar. Ainda que se tenha verificado uma diminuição no número de ignições neste domingo os incêndios de Ourém, Ansião e Ribeira de Pena ainda inspiram cuidados.

A informação foi transmitida por André Fernandes, comandante nacional da Proteção Civil, em conferência de imprensa ao final da tarde de hoje, onde também confirmou que o incêndio de Carrazeda de Ansiães já se encontrava dominado àquela hora, estando sob vigilância para precaver eventuais reacendimentos.

Às 22h00, e segundo o site da Proteção Civil, existiam 10 fogos ativos em Portugal continental, combatidos por 1299 bombeiros, 407 meios terrestres e um meio aéreo - que durante a noite não pode participar no combate aos incêndios.

Ao início da tarde de hoje, deflagrou também um incêndio na região da Grande Lisboa, que começou no concelho de Sintra, junto à vila de Belas, e se alargou para Caneças, no munícipio de Odivelas, chegando mesmo a ameaçar habitações. A meio da tarde já tinha sido dominado e, por volta das 18h, entrou em fase de resolução.

Como medida preventiva, o governo decidiu decretar a Situação de Contingência em Portugal continental pelo menos até sexta-feira. Ou seja, a situação poderá ser prolongada "caso seja necessário" e "não exclui a adoção de outras medidas que possam resultar da permanente monitorização da situação", conforme explicou o ministério da Administração Interna numa nota divulgada ontem ao final da tarde.

Segundo o ministério, a Situação de Contingência implica, entre outros, "o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros com a contratualização de até 100 novas equipas, mediante a disponibilidade dos corpos de bombeiros", bem como o acionar imediato de "todos os planos de emergência e proteção civil".

O primeiro-ministro, António Costa, desloca-se na segunda-feira a Coimbra, Lousã e Viseu para "verificar no terreno a operação e dar visibilidade a todos os recursos e meios para o combate aos incêndios", foi divulgado este domingo.

Em todas as deslocações, o primeiro-ministro estará acompanhado pelos ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e pelo presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Tiago Oliveira.

Segundo o gabinete de António Costa, o objetivo da visita é "verificar no terreno a operação e dar visibilidade a todos os recursos e meios para combate aos incêndios".

O anúncio surge depois de, no sábado, o Governo ter decidido declarar a situação de contingência entre segunda e sexta-feira, permitindo que a Proteção Civil mobilize "todos os meios de que o país dispõe" para combater os incêndios.

rui.godinho@dn.pt

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt