Conselho independente para aplicar reformas na Tailândia

O Governo interino da Tailândia propôs hoje a criação um conselho não-governamental para aplicar amplas reformas no país que permitam acalmar as manifestações que ameaçam bloquear as eleições de fevereiro.
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"O meu Governo ouviu as sugestões expressas em várias reuniões de que a Tailândia precisa de uma reforma de dimensão social, política e económica", declarou a primeira-ministra em funções, Yingluck Shinawatra, numa mensagem televisiva.

Shinawatra, que a 09 de dezembro anunciou a dissolução do parlamento e a realização de eleições antecipadas devido às massivas manifestações antigovernamentais em Banguecoque, referiu que o novo organismos não vai integrar o Governo e que os seus membros serão eleitos por uma comissão independente.

O Conselho para a Reforma da Tailândia será formado, na fase inicial, por dois mil representantes de todos os grupos profissionais e organizações do país, a quem caberá depois eleger uma composição de 499 pessoas.

Entre as suas atribuições, incluem-se estudar e preparar propostas para alterar a Constituição, a reestruturação económica e social, legislação e outras regras para garantir a transparência do sistema eleitoral, e a prevenção e eliminação da corrupção em agências públicas.

A primeira-ministra interina tailandesa sublinhou que o novo conselho vai trabalhar em conjunto com o Governo saído das próximas eleições, às quais Shinawatra se vai candidatar pelo Partido Puea Thai.

A oferta do Governo surge um dia depois de a maioria dos manifestantes ter levantado o acampamento montado nas imediações do Estádio Thai-Japonês, onde os candidatos e partidos políticos devem dirigir-se antes da próxima sexta-feira para formalizar as suas candidaturas às eleições.

Os manifestantes contra o Governo ameaçaram boicotar os atos de campanha e bloquear todas as assembleias de voto em Banguecoque no dia das eleições.

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