Conselho independente para aplicar reformas na Tailândia
"O meu Governo ouviu as sugestões expressas em várias reuniões de que a Tailândia precisa de uma reforma de dimensão social, política e económica", declarou a primeira-ministra em funções, Yingluck Shinawatra, numa mensagem televisiva.
Shinawatra, que a 09 de dezembro anunciou a dissolução do parlamento e a realização de eleições antecipadas devido às massivas manifestações antigovernamentais em Banguecoque, referiu que o novo organismos não vai integrar o Governo e que os seus membros serão eleitos por uma comissão independente.
O Conselho para a Reforma da Tailândia será formado, na fase inicial, por dois mil representantes de todos os grupos profissionais e organizações do país, a quem caberá depois eleger uma composição de 499 pessoas.
Entre as suas atribuições, incluem-se estudar e preparar propostas para alterar a Constituição, a reestruturação económica e social, legislação e outras regras para garantir a transparência do sistema eleitoral, e a prevenção e eliminação da corrupção em agências públicas.
A primeira-ministra interina tailandesa sublinhou que o novo conselho vai trabalhar em conjunto com o Governo saído das próximas eleições, às quais Shinawatra se vai candidatar pelo Partido Puea Thai.
A oferta do Governo surge um dia depois de a maioria dos manifestantes ter levantado o acampamento montado nas imediações do Estádio Thai-Japonês, onde os candidatos e partidos políticos devem dirigir-se antes da próxima sexta-feira para formalizar as suas candidaturas às eleições.
Os manifestantes contra o Governo ameaçaram boicotar os atos de campanha e bloquear todas as assembleias de voto em Banguecoque no dia das eleições.