Conselheira de Trump revela que também foi vítima de abusos sexuais
"Sinto muita empatia pelas vítimas de abuso sexual, assédio e violações. Sou uma vítima de abuso sexual", assegurou Conway durante uma entrevista à cadeia de televisão CNN, citada pela EFE e por outras agências noticiosas internacionais.
As declarações de Conway surgiram quando lhe foi perguntado sobre o caso pendente contra Brett Kavanaugh, que foi acusado publicamente por três mulheres da prática de abusos sexuais.
"Não espero que Brett Kavanaugh (...) ou alguém assuma as responsabilidades por abusos sexuais, cada um tem de ser responsável pelo seu próprio comportamento", comentou a assessora, que defendeu o juiz indicado para o Supremo por Trump, e elogiou a atitude da Casa Branca e dos senadores republicanos a esse respeito.
Entretanto, na televisão Fox News, de tendência conservadora, a porta-voz presidencial, Sarah Sanders, referiu-se às investigações do FBI que se encontram em curso, sobre as alegações de abuso que impendem sobre Kavanaugh.
Nas suas palavras, o caso não pode converter-se numa "expedição de pesca como gostariam os democratas", disse Sanders, qualificando a atitude da oposição a estas acusações como uma "vergonha".
Sobre as suas próprias pesquisas, a porta-voz refutou que a Presidência esteja a coartar as averiguações em curso.
Trump ordenou, na passada sexta-feira, que o FBI investigue as alegações contra Kavanaugh, após ter aumentado a pressão para o apuramento dos factos, apesar de Trump inicialmente ter hesitado em dar esse passo.
As pesquisas, que deverão estar concluídas no espaço de uma semana, estão focalizadas nas "alegações credíveis" de supostos abusos cometidos por Kavanaugh.
Segundo os 'media' norte-americanos, o FBI já contactou a segunda das supostas vítimas de Kavanaugh, Deborah Ramirez, formada em Direito em Yale, que trabalha numa organização de apoio a vítimas de violência doméstica, e analisou o caso da primeira, a professora universitária de Standford Christine Blasey Ford.
Kavanaugh devia ser confirmado no Supremo pelo Senado, onde os republicanos gozam de uma ligeira maioria, necessitando que pelo menos metade da Câmara apoie o candidato.