Conheça os vencedores da centésima edição dos prémios de excelência no jornalismo

Veja aqui as reportagens, os vídeos e as fotografias que marcaram o jornalismo norte-americano no ano que passou
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No centésimo aniversário dos prémios Pulitzer, estabelecidos em 1917, o Washington Post, o new York Times e as agências Reuters e Associated Press estão entre os destacados pela excelência no jornalismo norte-americano. Os prémios Pulitzer reconhecem a excelência no jornalismo em categorias que incluem o fotojornalismo, a cobertura de notícias de última hora e o serviço público.

Os vencedores dos prémios foram anunciados esta segunda-feira na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, às 15.00 (20.00 em Lisboa).

O prémio de serviço público foi para a agência noticiosa Associated Press, e a agência Reuters ficou com o prémio de melhor fotografia de assuntos de última hora, que é partilhado com quatro fotógrafos do jornal New York Times.

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Ambos os trabalhos de fotografia premiados eram ligados à crise de refugiados no Mediterrâneo.

Já o prémio de fotojornalismo foi para a fotógrafa Jessica Rinaldi, do jornal The Boston Globe, pela sua reportagem sobre um menino que começa uma nova vida após ter sido abusado.

O prémio de jornalismo de investigação é partilhado pelo jornal Tampa Bay Times e pelo Sarasota Herald-Tribune, graças a uma investigação colaborativa que expôs os problemas graves nos hospitais psiquiátricos da Flórida. Pode ver a reportagem interativa vencedora aqui.

O prémio de reportagem internacional foi para a jornalista Alissa J. Rubin, do The New York Times, que deu voz às mulheres afegãs. Veja aqui um dos vídeos (com imagens que podem ser chocantes) que Rubin ajudou a tornar possíveis. O jornal The Washington Post, por sua vez, venceu o prémio de trabalho jornalístico nacional, graças a um trabalho acerca de tiroteios realizados pelas forças policiais no qual participaram mais de 60 jornalistas.

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Dois jornalistas do ProPublica e do The Marshall Project, por sua vez, receberam o prémio de reportagem explicativa, que "iluminou um assunto complexo e significativo". O trabalho dos jornalistas abordou a questão das denúncias e investigações de casos de violação, e o trauma que a violação provoca nas suas vítimas.

Num ano que apesar de tudo continuou a decorrer na sombra do ataque terrorista na redação parisiense do semanário satírico Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, o prémio de cartoonista foi para Jack Ohman, do jornal local Sacramento Bee. O jornal publicou no Twitter um dos cartoons de Ohman, em que se vê um religioso a segurar o Corão perante um grupo de homens armados e a dizer: "Mostrem-me a parte onde diz para matar cartoonistas".

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Letras, Teatro e Música

Mais recentemente, os prémios Pulitzer foram alargados para incluírem também outros géneros de escrita, incluindo ficção, história, teatro, e mesmo a música. Este ano, o musical rap Hamilton, de Lin-Manuel Miranda, venceu o prémio de teatro, sendo um de menos de 10 musicais a vencer esse galardão.

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O prémio de história foi para T. K. Stiles com um livro sobre o faroeste norte-americano no tempo do general Custer, e o prémio de não-ficção foi para Joby Warrick com um livro sobre o Estado Islâmico: Black Flags: The Rise of ISIS. O prémio de música foi para o saxofonosta e flautista Henry Threadgill, que pode ouvir abaixo, com o seu álbum In for a Penny, In for a Pound.

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