A Organização Mundial da Saúde e funcionários das Nações Unidas estão a caminho da República Democrática do Congo como socorristas depois de ter sido identificado um surto de ébola no país. O cenário mais preocupante é o da cidade de Mbandaka, que tem cerca de um milhão de habitantes, e onde já foi confirmado um caso, o que significa que o surto se espalhou do campo para as áreas urbanas e que a doença será mais difícil de controlar..Segundo a BBC, o ministro da Saúde, Oly Ilunga Kalenga, confirmou o caso detetado em Mbandaka. A cidade fica a cerca de 130 km da área onde os primeiros casos foram confirmados, no início deste mês. A cidade é ainda um importante centro de transporte com várias rotas para a capital Kinshasa..O vice-diretor-geral da OMS, Peter Salama, disse à Reuters que vários funcionários inscreveram-se para a imunização com a vacina VSV-EBOV. Desenvolvida pela Merck, a vacina ainda não está totalmente licenciada, mas mostrou-se segura e eficaz nos testes realizados.."Pela primeira vez, oferecemos vacinação a todos os agentes da resposta internacional - e faremos isso em Genebra e em Kinshasa", disse Peter Salama, esta quinta-feira. As primeiras vacinas serão administradas amanhã, em Genebra. .De acordo com números avançados pela OMS já houve 44 casos suspeitos, prováveis ou confirmados de ébola neste surto e 23 pessoas morreram. O caso mais preocupante é o que foi confirmado na cidade de Mbandaka, que tem cerca de um milhão de habitantes..Salama viajou para as áreas afetadas do Congo no último fim de semana e disse que "certamente" irá receber a vacina antes de regressar ao Congo..O primeiro lote de vacinas contém cerca de 4.000 doses e destina-se a profissionais de saúde locais e a quem esteve em contacto com o vírus. A vacinação começa já no início da próxima semana.