Condenado a perpétua por morte de manifestantes

O ex-presidente tunisino Zine El Abidine Ben Ali foi hoje condenado à revelia a prisão perpétua por cumplicidade na morte de 43 manifestantes no norte do país, durante a revolta popular que pôs fim ao seu regime.
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Ben Ali, que está exilado na Arábia Saudita, já tinha sido condenado a prisão perpétua em junho por cumplicidade na morte de manifestantes no sul do país.

A pena hoje anunciada insere-se no julgamento pelo tribunal militar de Tunes de um total de 43 antigos responsáveis, entre os quais o antigo chefe da segurança presidencial, general Ali Seriati, condenado a 20 anos de prisão, e dois ex-ministros do Interior, Rakif Belhaj Kassem, condenado a 15 anos, e Ahmed Friaa, ilibado.

No total, 10 dos 43 acusados foram ilibados. Ben Ali foi o único condenado a prisão perpétua, tendo os restantes sido condenados a penas entre os cinco e os 20 anos de prisão.

Além das duas penas perpétuas, Ben Ali foi condenado nos tribunais civis a 66 anos de prisão por tráfico de droga, comércio ilegal de armas e desvio de fundos públicos.

A Tunísia pediu a extradição do ex-presidente à Arábia Saudita.

Pelo menos 338 pessoas morreram na revolta popular iniciada a 17 de dezembro de 2010 na Tunísia e que terminou a 14 de janeiro de 2011 com a fuga de Ben Ali para a Arábia Saudita.

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