Condenado a 7 anos por roubar cobre
Na leitura do acórdão, Rui Teixeira, juiz-presidente do processo, condenou o arguido a sete anos de prisão por, além do pastoreio de cabras, fazer do furto de cobre e do tráfico de estupefacientes "o seu modo de vida".
"Espero que seja o tempo suficiente para o senhor pensar na vida e deixar-se de ilícitos", disse Rui Teixeira.
O coletivo procedeu a uma alteração não substancial dos factos da acusação, de cujo prazo de análise a defesa prescindiu.
O tribunal deu como provados que, entre dezembro de 2007 e abril de 2008, o pastor furtou pelo menos 1.800 metros de fio de cobre, avaliados em cerca de 2.500 euros e provenientes de 33 postes de telecomunicações da Portugal Telecom, existentes entre as imediações da vila do Cadaval e a aldeia de Casal do Forno.
Em setembro de 2010, furtou ainda 1.430 quilos de fios de cobre (25 metros) na localidade da Vermelha e 70 quilos de revestimento metálico, orçados em 7.700 euros.
Os furtos de fios de cobre, ocorridos em extensas áreas florestais e praticados durante a noite, deixaram várias localidades do concelho sem comunicações, por isso o coletivo de juízes decidiu ainda abrir um processo contra o arguido por dano agravado.
O pastor foi ainda condenado por tráfico de estupefacientes, à semelhança de outros dois arguidos, um homem e uma mulher, condenados respetivamente a 15 meses de prisão suspensa e 600 euros de multa ou 80 dias de prisão.
A advogada de defesa do principal arguido, Joana Soares, disse à saída à agência Lusa que tenciona recorrer da decisão.
Um quarto arguido foi absolvido por a prova que contra ele recaía ter sido considerada nula, uma vez que aquando das detenções não foi constituído arguido e foi apenas ouvido como testemunha pelas autoridades policiais.