Concurso para ligação Crestuma/cais de Gaia por rio lançado ainda em abril
Em causa um transporte fluvial e rodoviário para ligar Crestuma à Beira-rio e desta feita à Avenida da República no centro do concelho.
Foram comprados dois autocarros anfíbios e cada um poderá transportar 50 passageiros.
Eduardo Vítor Rodrigues, que tinha anunciado este projeto a meio de dezembro, apontou hoje que a concessão será de quatro anos.
"Acredito que terá procura e que será um sucesso. O percurso, através do rio, será metade do tempo atual", disse o autarca, admitindo, no entanto que os anfíbios possam ter "algum problema de sazonalidade" não por dificuldades em circular no rio Douro, mas "porque algumas pessoas no inverno podem preferir uma alternativa".
O concurso deverá demorar nove meses, mas Eduardo Vítor Rodrigues acredita que "ainda este ano haverá viagens experimentais".
Quanto a horários, o autarca avançou apenas que nas horas de ponta este transporte que será incluído a rede Andante circulará de 15 em 15 minutos ou de 20 em 20.
Eduardo Vítor Rodrigues falava aos jornalistas à margem de uma reunião de câmara descentralizada que hoje decorreu em Avintes, na qual foi aprovada uma proposta que visa o arrendamento por 55 mil euros do edifício que antes albergou a Companhia de Fiação de Crestuma e que este ano vai ser a 'casa' da Bienal Internacional de Arte Gaia que decorre de 20 de abril a 20 de julho.
"A arte não é só para os urbanos, não pode estar só concentrada no centro de Gaia", disse Eduardo Vítor Rodrigues que, respondendo a dúvidas da oposição PSD, avançou que vai ser criado um 'shuttle' entre a Avenida da República e Crestuma.
"É uma boa experiência e teste para a implementação do anfíbio. Agora é só por terra, mas depois é terra e rio", disse o autarca socialista.
A Bienal de Gaia, conforme anunciou à Lusa a organização em janeiro, vai ter, entre outras iniciativas, uma exposição antológica de homenagem ao escultor Zulmiro de Carvalho, bem como mostras inspiradas na literatura ou comissariadas por mulheres ligadas à política.
"Não basta descentralizar as iniciativas. É preciso criar condições para as pessoas lá irem depois", disse o autarca.
Antes a vereação PSD pediu ao executivo de maioria PS um ponto de situação sobre a limpeza de terrenos florestais, numa fase em que os municípios já têm de se substituir aos proprietários e atuar tanto na limpeza como com multas, mas a resposta, indicou Eduardo Vítor Rodrigues, seguirá "depois por escrito".