Concurso da linha circular do Metro novamente adiado

É a segunda vez que o prazo para entrega de propostas é alargado.
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O período para a entrega de propostas para a expansão da rede do metropolitano de Lisboa voltou a ser alargado, decorrendo agora até 18 de dezembro.

A notícia é avançada esta quarta-feira pelo Jornal de Negócios. É a segunda vez que há um adiamento do prazo no concurso lançado em janeiro deste ano, que visa a construção dos toscos nos eixos Rato/Santos e Santos/Cais Sodré. Inicialmente o prazo previsto era em agosto, passando depois para 30 de novembro e agora para 18 de dezembro.

Ao Negócios, fonte oficial do Metropolitano justificou o adiamento com "imperativos legais" impostos pelo Código de Contratos Públicos.

O adiamento dos prazos, ainda na fase inicial do projeto, deixa antever que dificilmente se concretizará a data de conclusão da obra referida em janeiro pelo ministro do Ambiente, José Pedro Matos Fernandes, que apontou para finais de 2022 ou, o mais tardar, início de 2023.

O investimento previsto para a expansão do metropolitano de Lisboa é de 210 milhões de euros, um valor cofinanciado em 127,2 milhões pelo Fundo Ambiental e em 83 milhões pelo Fundo de Coesão, através do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos - POSEUR.

A opção por uma linha circular do metro, em detrimento da extensão da linha para a zona ocidental da cidade ou em direção a Loures tem provocado polémica, recolhendo a discordância dos partidos à direita e à esquerda do PS. Aprovada em Conselho de Ministros em dezembro do ano passado, esta solução tem sido igualmente contestada por muitos utentes, nomeadamente os da linha amarela, que terão de passar a fazer transbordo no Campo Grande para chegar ao centro da cidade.

Em cima da mesa está o prolongamento da linha do Rato até ao Cais do Sodré, com a construção de duas novas estações, na Estrela e em Santos, que serão integradas na linha verde, que "absorve" também boa parte do que é, atualmente, a linha amarela.

A expansão da rede será feita através de um túnel de dois quilómetros até à Estrela e daí para o bairro de Santos. A última fase de ligação, entre Santos e o Cais do Sodré, será feita com obras a céu aberto.

Está previsto que a estação da Estrela fique junto ao antigo Hospital Militar e em frente à Basílica, cuja praça deverá ser requalificada, enquanto a de Santos ficará junto ao edifício dos Sapadores Bombeiros de Lisboa.

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