Filipinas ganham Miss Universo pela quarta vez
Catriona Gray, das Filipinas, foi eleita Miss Universo 2018, no concurso que decorreu na capital tailandesa, em Banguecoque, superando concorrentes de outros 93 países. É a quarta filipina a ganhar a coroa.
Tamaryn Green, da África do Sul, e Sthefany Gutierrez, da Venezuela, ficaram em segundo e terceiro lugar, respetivamente.
A setubalense Filipa Barroso, de 19 anos, que representou Portugal ficou de fora do top 20.
"O meu coração está cheio de gratidão. Houve momentos de dúvida onde me senti esmagada e senti a pressão", disse a jovem filipina, nascida há 24 anos na Austrália, que usou um vestido vermelho e laranja inspirado no Monte Mayon, um vulcão que entrou este ano em erupção.
Gray foi questionada durante o concurso em relação à sua opinião sobre a legalização da marijuana e respondeu que a apoia para uso medicinal. Depois de ser coroada, Gray disse aos jornalistas que a questão era "definitivamente relevante" e um "tópico atual", numa aparente referência à guerra às drogas nas Filipinas que matou milhares de pessoas.
Gray sucede a Demi-Leigh Nel-Peters, da África do Sul, a vencedora de 2017.
O 67º concurso de Miss Universo teve sete mulheres como júris, incluindo ex-vencedoras do concurso, empresárias e uma 'designer' de moda.
Pela primeira vez em 66 anos, o concurso incluiu uma concorrente transgénero: a Miss Espanha, Angela Ponce, de 27 anos.
Gray é a quarta filipina a ganhar o concurso de Miss Universo e a segunra em três anos (já tinham ganho em 1969, 1973 e 2015).
O porta-voz do presidente filipino, Rodrigo Duterte, disse que a vitória de Gray poderá pôr o país no mapa mundial pela sua "beleza e elegância".
"No seu sucesso, a MIss Filipinas mostrou ao mundo que as mulheres no nosso país têm a capacidade de transformar sonhos em realidade através da paixão, diligência e trabalho árduo", disse Salvador Panelo, em nome de Duterte.