Conclusão das obras na baía adiada para dezembro
Em março de 2012, o arranque das obras foi anunciado para julho do mesmo ano, mas a empreitada só foi adjudicada a 31 de outubro e as obras só começaram a 01 de abril de 2013, com a aprovação do Desenvolvimento do Plano de Segurança e Saúde, segundo a empresa Portos dos Açores, responsável pelo Plano Integrado de Reordenamento da Baía de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
A obra, adjudicada por 2,2 milhões de euros, prevê a intervenção numa área total de 1.700 metros, desde o Porto de Pipas até ao Cais da Figueirinha.
Está prevista a requalificação das estradas Gaspar Côrte-Real e Pêro Barcelos, bem como o ordenamento do espaço exterior da área comercial do Porto de Pipas, a requalificação do restaurante/bar da marina e a instalação dos operadores turístico-marítimos junto ao Pátio da Alfândega.
A obra tinha um prazo de execução de 12 meses mas, segundo a Portos dos Açores, a alteração do empreiteiro obrigou à reprogramação da intervenção, o que levou à prorrogação do prazo até ao dia 31 de dezembro de 2014.
"Por dificuldades do empreiteiro, a execução da empreitada em causa nunca atingiu o ritmo programado, verificando-se atrasos que condicionaram a conclusão da mesma e implicaram entretanto a substituição do respetivo adjudicatário, por cedência da posição contratual", explicou, numa resposta por email à Lusa a Portos dos Açores, acrescentando que tudo indica que "o novo prazo será integralmente cumprido".
A empresa que gere os portos dos Açores ressalvou ainda que as obras na Estrada Pêro de Barcelos e no restaurante Cais d'Angra estarão concluídas até ao arranque das Sanjoaninas, festas concelhias de Angra do Heroísmo, que se realizam de 20 a 28 de junho.
As obras na baía de Angra do Heroísmo têm gerado críticas por parte dos empresários do centro histórico da cidade, que alegam que a redução do espaço para estacionamento está a afastar os clientes para as grandes superfícies.
"Os parques de longa duração existentes continuam lotados, e não foram criadas condições para estacionamento de curta duração, que é aquele que mais interessa ao comércio citadino", salientou a direção da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), numa reposta por email às questões da Lusa, acrescentando que "há problemas estruturais na zona que não ficam resolvidos com a requalificação".
A associação empresarial alegou que propôs soluções "em tempo útil", como "a construção de dois parques temporários, um para longa duração junto ao relvão e outro de curta duração, junto ao jardim público", que não foram atendidas.
"O atraso é muito preocupante, com impactos negativos no nosso comércio, atendendo à zona em questão e especialmente por ter impacto relevante nas maiores festas do concelho, criando constrangimentos ao próprio desenrolar da festa, prejudicando diretamente várias unidades hoteleiras e de restauração e condicionando o acesso à marina", frisou a CCAH.