Conceição: "É importante saber estar com a Roma e com o Feirense"
Sérgio Conceição diz que faltou frescura física na segunda parte do FC Porto em Santa Maria da Feira, depois de na primeira ter dado a volta ao marcador (de 1-0 para 1-2). E considera que o menor fulgor atlético influenciou um jogo que, afirma, merecia ter ganho por mais um golo.
"O contexto é importante. Encontrámos um adversário que à medida que o campeonato vai chegando ao fim vai ficando cada vez mais pressionado. E que estava muito motivado contra o campeão nacional, o que é natural. Depois, entrar a perder tornou tudo ainda mais difícil", analisou o técnico.
"Na primeira parte demos a volta ao marcador e tivemos algumas oportunidades para fazer o terceiro golo. Na segunda parte, e depois de 120 minutos fantásticos e de grande desgaste frente à Roma, houve menos frescura física. Houve algumas quebras, falhas de luz, e nós queríamos acabar com o jogo o mais rápido possível", comentou Conceição.
"Fizemos jogar os mesmos onze porque era importante para a equipa. É importante saber estar com a Roma e saber estar com o Feirense", declarou.
"Tivemos o terceiro golo sempre em mente e criámos algumas oportunidades", adiantou. Sobre os sustos causados pelo Feirense, pragmatismo. "Por isso é que queríamos chegar ao terceiro golo rapidamente, porque numa jogada de sorte podíamos sofrer, mas acho que tivemos o adversário controlado, pelo menos naquilo que era o jogo direto. Estivemos sempre alerta em relação ao que o adversário podia fazer", acrescentou, concluindo: "Ganhar com mais um golo julgo que era mais justo".
Do lado do Feirense, apesar do recorde histórico negativo de 23 jogos sem ganhar no campeonato, o adjunto de Filipe Martins sublinhou o desempenho da equipa. Um sinal de esperança para a tarefa hercúlea para sair do fundo da tabela e respirar (está a 11 pontos do primeiro lugar acima da linha de água).
"Foi um Feirense à imagem do Feirense que trabalha durante a semana. São estes os jogadores que queremos, com esta atitude e qualidade", apreciou Sandro Medeiros.
"Chegámos a controlar alguns setores e conseguimos evitar o jogo interior e a profundidade do campeão nacional, aí fomos superiores", regozijou-se o técnico.
A lacuna foram as bolas paradas, forma que o FC Porto encontrou para marcar esta noite. "Não fomos tão fortes como habitualmente. Queremos marcar de bola parada, não sofrer golos", admitiu Sandro Felgueiras, não atirando a toalha ao chão quanto à luta pela manutenção.