Compare: pontos essenciais dos programas dos maiores partidos sobre impostos
+++ Eis algumas das principais propostas dos partidos com assento parlamentar em matéria de impostos: +++
Bloco de Esquerda (BE)
- Eliminação da sobretaxa do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) e reposição de oito escalões;
- Limitar as deduções fiscais até 1.000 euros nos rendimentos anuais até 20.000; 500 euros nos rendimentos entre 20.000 e 40.000 e acabar com as deduções nos rendimentos acima de 40.000 euros;
- Criar um imposto sobre grandes fortunas, uma taxa agravada para bens de luxo e uma taxa transações bolsistas e dividendos aos acionistas;
- Acabar com as "borlas fiscais" aos grandes grupos económicos no Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC);
- Diminuir o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) da restauração para 13% e da eletricidade e gás para os 6%, bem como a redução à taxa mínima dos bens de primeira necessidade;
- No Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), proteger as primeiras habitações e acabar com a isenção dos fundos imobiliários, Igreja, partidos políticos e colégios privados.
Coligação Democrática Unitária (CDU)
- Revogação da sobretaxa de 3,5% em sede de IRS e revisão da tabela de IRS, com a introdução de 10 escalões de tributação;
- Redução da taxa normal de IVA para 21%, da taxa sobre a restauração para 13% e da taxa sobre eletricidade e gás para os 6%;
- Criar um imposto sobre os depósitos acima dos 100.000 euros, um sobre as ações e títulos de dívida com exceção da dívida pública portuguesa (0,5%);
- Reduzir a taxa de IRC para empresas com lucros inferiores a 25.000 euros (para 12,5%), aumentar para empresas com lucros superiores a esse valor.
- Criação de imposto de 0,5% sobre transações financeiras.
Partido Socialista (PS)
- Extinguir a sobretaxa de 3,5% em sede de IRS entre 2016 e 2017;
- Eliminar o quociente familiar em sede de IRS, introduzido com a reforma do IRS do Governo que entrou em vigor em janeiro deste ano, e substituí-lo por uma dedução por filho;
- Aumentar a progressividade do IRS através da "reanálise da estrutura de escalões" deste imposto;
- Criar um imposto sobre as heranças de elevado valor, que será uma das fontes de financiamento da Segurança Social.
- Rever a tributação municipal do património;
- Permitir que os contribuintes com créditos junto do Estado possam compensá-los com créditos devidos pelo Fisco e pela Segurança Social;
- Proibir as execuções fiscais de casas de residência familiar relativas a dívidas de valor inferior ao do bem executado e suspender a penhora da casa de morada de família nos restantes casos;
- Redução do IVA da restauração para 13%.
- Converter os benefícios fiscais contratuais em IRC em benefícios fiscais de funcionamento automático
Portugal à Frente (PSD/CDS)
- Redução de 0,875 pontos percentuais da sobretaxa aplicada em sede de IRS, em cada ano da legislatura, conduzindo à sua eliminação total em 2019, podendo o ritmo de reversão ser acelerado mediante a disponibilidade orçamental;
- Aumento da ponderação por filho em sede de IRS ('quociente familiar') para 0,4% em 2016 (com limite máximo de benefício nos 2.250 euros) e 0,5% em 2017 (com limite máximo do benefício passe para 2.500 euros);
- Continuação da reforma do IRC, com redução da taxa em um ponto percentual anualmente no período da legislatura, ou seja, até 17% em 2019;
- Eliminação gradual do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas (IMT) nas transações de imóveis, que conduza à sua abolição em 2019 e sua substituição parcial por imposto do selo;
- Reversão gradual da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético, que será abolida em 2018.