Companhia aérea recusa embarque a duas raparigas por usarem leggings
A companhia aérea norte-americana United Airlines impediu o embarque de duas jovens, num voo de Denver para Minneapolis, por usarem leggings. Uma terceira rapariga, que de acordo com testemunhos de pessoas presentes no local, levava também umas leggings, cinzentas, teve de pôr um vestido para poder entrar no avião.
O caso foi denunciado no Twitter por Shannon Watts, fundadora e ativista do movimento Moms Demand, que luta pelo controlo de armas nos Estados Unidos. Presente no local, relatou que uma funcionária da companhia aérea impediu a entrada das jovens no avião, invocando as regras da empresa sobre vestuário. De acordo com a mesma testemunha não foi levantada qualquer questão à roupa do pai, que vestia calções. "Desde quando é que a United policia a roupa das mulheres?", questionava Shannon Watts.
[twitter:845993122186211332]
A primeira reação nas redes sociais foi de incredulidade, que se transformou em fúria quando a United Airlines veio responder que tem o direito de recusar o transporte a passageiros que não estejam vestidos de forma apropriada, invocando a regra 21 do seu "Contrato de Transporte".
[twitter:845999380024836097]
A companhia aérea veio entretanto emendar a mão, explicando que as pessoas em causa não eram passageiros comuns, mas familiares de funcionários da empresa, que viajavam com descontos, ao abrigo dessa condição, e que estão por isso abrangidos pelo código de vestuário da empresa, que não permite o uso de leggings. Refira-se que uma das raparigas impedidas de embarcar tinha apenas dez anos.
Não foi o suficiente. A proibição de embarque das duas jovens transformou-se no assunto do dia nas redes sociais, com a United Airlines debaixo de um coro de críticas e muitas ameaças de mudança para outras companhias aéreas.