Como o espião cubano preso engravidou a mulher com a ajuda dos EUA
Gerardo Hernandez esteve 16 anos detido numa cadeia norte-americana, mas sem ter direito a quaisquer visitas conjugais da mulher, Adriana Perez. Há uma semana foi libertado na troca de presos entre os EUA e Cuba. E vai ser pai, de uma menina, Gema, dentro de duas semanas.
Gema nascerá dentro de duas semanas e ficará para a história como a menina-símbolo do reatar de relações entre os EUA e Cuba, países que estiveram de costas voltadas durante meio século.
"Uma das primeiras conquistas deste processo foi isto", afirmou Gerardo Hernandez, espião cubano que esteve preso durante 16 anos nos EUA, apontando para a barriga de grávida da sua mulher, Adriana Perez.
"Tive de fazer tudo por controlo remoto mas correu tudo bem", explicou Hernandez, de 49 anos, que este fim de semana participou com a mulher, em Havana, numa receção que contou com a presença do presidente cubano Raúl Castro (irmão de Fidel Castro).
No evento participaram ainda os outros dois espiões que estavam detidos em território norte-americano e foram libertados na quarta-feira numa troca de prisioneiros entre os EUA e Cuba: Ramón Labañino e Antonio Guerrero.
Numa altura em que na capital cubana já floresciam os rumores sobre a gravidez de Adriana Perez e alguns se questionavam como é que ela poderia ter engravidado de um marido preso a 3 612 quilómetros de distância de Havana, condenado a prisão perpétua e sem direito a visitas conjugais, quererão agora muitos saber o que quer Gerardo Hernandez dizer quando fala em controlo remoto.