Como o brexit está a beneficiar a Primark

A marca aumentou a faturação e o número de vendas após ter sido levantada a hipótese do Reino Unido sair da União Europeia
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A possível saída do Reino Unido da União Europeia teve efeitos positivos nas contas da Primark, ainda antes da decisão do referendo ter sido conhecida. A marca de roupa faturou mais 7% no terceiro trimestre do ano fiscal, que terminou a 18 de junho, graças à queda da libra em relação ao dólar e ao euro.

A empresa destaca que tem cadeias de produção específicas para o Reino Unido, Estados Unidos e países da zona euro, mas ainda assim as atuais taxas de câmbio e a "debilidade" da moeda britânica beneficiaram as vendas, resultando num aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado.

A marca, que pertence ao grupo Associated British Foods, declarou num comunicado que a subida nas vendas durante os últimos nove meses deveu-se também à expansão do negócio. Nos últimos três meses, a cadeia de vestuário, calçado e acessórios abriu 11 novas lojas, aumentando a sua superfície comercial em 800 mil metros quadrados.

Neste momento, a Primark tem 12 milhões de metros quadrados de superfície comercial, distribuídos por 310 estabelecimentos por todo o mundo. Este ano a marca espera acrescentar 300 mil metros quadrados a estes números, inaugurando lojas nos Estados Unidos e amplificando as de Paris, segundo o Huffington Post.

Em abril de 2016, após a análise semestral do ano fiscal, a Primark tinha registado a primeira queda nas vendas dos últimos 12 anos. A empresa justificou a queda na altura com as temperaturas altas no Reino Unido e no norte da Europa, que alteraram o padrão de consumo dos clientes e prejudicaram as vendas de inverno, segundo o The Guardian.

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