Como a filha de Bob Marley ajudou a Jamaica a estar no Mundial feminino
No Woman, No Cry foi um dos principais êxitos do músico jamaicano Bob Marley, mas a filha dele tem feito de tudo para que haja uma equipa de mulheres a representar futebolisticamente a Jamaica.
No Campeonato do Mundo pela primeira vez, naquela que é estreia de uma seleção caribenha na competição, as futebolistas da Jamaica bem podem agradecer a Cedella Marley, que tem feito donativos através da Fundação Bob Marley.
Cedella desconhecia a existência de uma seleção feminina de futebol até que em 2014 o seu filho levou para casa um papel em que as jogadoras pediam ajuda para tentar cobrir os gastos, pois a Federação as tinha colocado de parte desde 2008. A filha do mítico músico de reggae não se ficou por uns trocos, envolvendo-se a fundo no problema, assegurando a sobrevivência da seleção. "Nem sequer sabia que havia uma seleção feminina", contou ao Telegraph.
Em 2016, a Jamaica não estava posicionada no ranking FIFA, pois não tinha disputado um único jogo desde a qualificação para o Mundial 2015, por isso Cedella teve de redobrar esforços, conseguindo com que a seleção voltasse aos relvados em meados de 2018, a tempo de assegurar a participação no Campeonato do Mundo, que está a decorrer em França. A campanha jamaicana no Mundial não correu de feição e terminou esta quinta-feira, depois de pesadas derrotas com Brasil (0-3), Itália (0-5) e Austrália (1-4), mas uma simples participação no torneio era impensável há um par de anos.
"O meu pai adorava futebol. Estou convicta de que se não tivesse músico, teria sido um avançado numa equipa de futebol. Ele jogava durante todo o dia", recorda Cedella, que promete não deixar de apoiar a seleção. "Espero que este Mundial tinha um impacto similar ao da seleção que esteve no Mundial 1998 [também em França] na equipa masculina. Até que a seleção feminina seja totalmente rentável, não a vou abandonar", rematou.