Comissão de Utentes Contra as Portagens mantém a luta

A Comissão de Utentes Contra as Portagens nas autoestradas A23, A24 e A25 assegurou hoje que, face à possibilidade de as tarifas não começarem a ser aplicadas a 15 de Abril, não desiste da luta.
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Segundo Zulmiro Almeida, elemento da Comissão que hoje entregou mais de 35 mil assinaturas ao governador civil da Guarda, apesar de a aplicação de portagens poder passar para as mãos do próximo Governo, os protestos não esmorecem. "[A reivindicação] mantêm-se exactamente na mesma. Se não, até com mais acutilância, porque seja qual for o Governo que vier a seguir, fica a saber que a Comissão de Utentes e as populações" não irão parar, declarou o responsável aos jornalistas. "À saída do edifício do Governo Civil, Zulmiro Almeida garantiu que, independentemente da decisão governamental, os utentes irão manifestar-se "frontalmente" contra as portagens, que considera um "malefício" e uma "injustiça" contra o interior do país.

Disse que a comissão "não esmorece" a luta e para sexta-feira mantém a realização de marchas lentas em toda a região, contando ter uma grande adesão das populações servidas pelas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas), A24 (Viseu/Vila Real) e A25 (Aveiro/Vilar Formoso). Zulmiro Almeida contou que no momento da entrega das assinaturas, o governador civil da Guarda, deu a entender que as portagens constituem "um grande mal para o interior" do país. Já em declarações aos jornalistas, o representante do Governo no distrito, Santinho Pacheco, disse que toda a informação de que dispõe "é de que não irá haver introdução de portagens" nas SCUT, a partir de 15 de Abril. Lembrou que o Governo pediu um parecer sobre a aplicação de tarifas e "neste momento ainda não foi efectuado", reconhecendo a existência de "um certo conjunto de condicionalismos". "Tudo leva a crer que não vai haver a introdução de portagens", admitiu Santinho Pacheco.

A Comissão de Utentes Contra as Portagens nas autoestradas A23, A24 e A25 diz "esperar para ver", por isso, não só entregou as assinaturas ao Governador Civil como promoveu um buzinão junto da rotunda do matadouro (na ligação do centro da cidade com a Guarda-Gare), lembrando os utentes para a marcha lenta de sexta-feira. A introdução de portagens é contestada, entre outras razões, por não existirem vias alternativas às SCUT (autoestradas Sem Custos para o Utilizador), por o poder de compra das populações do interior ser inferior à média nacional e por as tarifas levarem à falência de empresas.

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