"O comércio global foi também uma vítima da crise, registando uma contracção em volume de 12% em 2009", disse Lamy, em declarações no European Policy Centre, um grupo de investigação e reflexão com base em Bruxelas. ."Foi o declínio mais acentuado desde o fim da Segunda Guerra Mundial", acrescentou o responsável, afirmando que a quebra torna "economicamente imperativa" a conclusão em 2010 das negociações da Ronda de Doha sobre o comércio internacional, que vivem actualmente um impasse. .As negociações da Ronda de Doha, que começaram em 2001 com o objectivo de desmantelar as barreiras comerciais às exportações dos países mais pobres, bloquearam depois de divergências insanáveis, até agora, entre os EUA, a União Europeia e os maiores países em vias de desenvolvimento, como a Índia e a China. .Pascal Lamy considerou que a "queda livre" no comércio foi causada pela redução na procura em todas as maiores economias do mundo, bem como pela falta de financiamentos às trocas comerciais e pelo aumento das tarifas e dos subsídios que os países deram às suas economias.