Comédia negra papa-prémios vence sem surpresa

Apresentado em setembro nos festivais de Toronto e San Sebástian, "Truman" foi recebido com críticas entusiásticas
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A grande vitória de Truman, de Cesc Gay, nos Goya não foi surpresa para ninguém. A indústria espanhola de cinema cada vez aposta mais num cinema de grande adesão popular mas que não deixa de ter uma veia autoral. Estreado a 12 de setembro no Festival de Toronto e, seis dias depois, apresentado no Festival de San Sebastián com grande sucesso, cedo se percebeu que Truman era o filme espanhol (na verdade, uma coprodução entre a Argentina e a Espanha) coqueluche de 2015: críticas entusiásticas e sessões com público num pranto de lágrimas.

A história narra a tragédia de um homem de cerca de cinquenta anos que decide deixar de lutar contra um cancro na sua fase terminal. Juntamente com a ajuda do melhor amigo, o seu objetivo é encontrar um dono para o seu adorável cão Truman. Uma história que poderia resultar num melodrama sentimentalão é filmada em registo de comédia negra. Um humor fora das convenções que é alicerçado no carisma dos dois atores principais: o argentino Ricardo Darín e Javier Cámera, nomes que só por si arrastam um largo público. Ambos venceram respetivamente o Goya do melhor ator e melhor ator secundário.

Além de melhor filme e melhores atores, a Academia espanhola consagrou Truman na categoria de melhor argumento e realização. O filme ainda não tem data para estrear em Portugal mas já tem distribuição garantida. Refira-se que o cinema deste catalão, nascido em 1967 em Barcelona, nunca chegou comercialmente às salas nacionais do circuito comercial, só em mostras e festivais. Um cineasta que reclama um cinema humanista.

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