Comandos combateram rebeldes na República Centro Africana e mereceram louvor
As ações de "importância vital" cumpridas há dias pelos militares portugueses contra rebeldes na República Centro Africana (RCA) foram alvo de louvor pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e pelo comandante da força da ONU.
Patrulhas de deteção e identificação dos alvos a atacar por helicópteros da ONU, troca de tiros e detenção de líderes rebeldes foram algumas das ações desenvolvidas pelo contingente português ao serviço da força da ONU na RCA (MINUSCA, sigla em inglês).
O governante português cita precisamente o louvor do tenente-general Balla Keita a elogiar "a prontidão operacional e excelente desempenho" demonstrados pelos militares portugueses na defesa da cidade de Bambari e na proteção dos residentes.
O elogio de Balla Keita "constitui, sem dúvida, motivo de grande satisfação e de orgulho, não só para os 160 capacetes azuis que compõem o contingente português, mas também para as Forças Armadas, o Governo e todos os portugueses", afirmou o ministro da Defesa, em comunicado enviado ao DN.
O contingente português atua como força de reação rápida da ONU e foi destacado para Bambari a 23 de fevereiro, face à aproximação de um grupo de "elementos armados" que três dias depois foi detetado a cinco quilómetros da localidade por uma patrulha dos Comandos, refere o comandante militar da ONU na sua carta de louvor.
"Tendo bloqueado" a estrada por onde progrediam os rebeldes, os militares portugueses - forças especiais dos Comandos e controladores aéreos táticos da Força Aérea - "enfrentaram o grupo armado e desempenharam um papel vital ao dirigir helicópteros de ataque contra o seu esconderijo", conta o general Balla Keita.
"O grupo armado foi obrigado a retirar, sofrendo baixas e alguns dos seus principais líderes foram também detidos" pelos militares portugueses, adianta a carta de louvor do comandante operacional da MINUSCA".
"A missão que os militares portugueses diariamente desempenham em defesa das populações, da sua proteção física e da estabilização das suas vidas, em prol da paz e do progresso da democracia na RCA tem uma importância vital para a estabilidade do continente africano, contribuindo decisivamente para a redução dos fluxos de populações deslocadas, tanto em África como na Europa, e para a contenção do terrorismo transnacional", conclui o comunicado do Ministério da Defesa.