Comandante Schettino volta a bordo do 'Costa Concordia'
Rodeado de jornalistas e de repórteres de imagem, o capitão, de óculos de sol e blusão de cabedal, abriu caminho no cais do porto da ilha de Giglio.
Depois de assistir a uma reunião preliminar sobre a inspeção do navio, Schettino entrou numa lancha da guarda costeira que o levou, com os peritos, até aos destroços do Costa Concordia.
Chegado na terça-feira à noite à pequena ilha da Toscana, o comandante refugiou-se com o seu advogado, longe dos olhares numa pequena casa branca numa colina que domina o porto. Francesco Scehttino é acusado de múltiplos homicídios por negligência, abandono de navio e de causar estragos ao ambiente.
Em declarações aos media italianos, Schettino negou ter chorado ao ver os destroços do paquete no porto de Giglio. "Querem fazer-me passar por um fraco, como há dois anos. Mas não sou assim. Quero mostrar que sou um cavalheiro e não sou cobarde".
Schettino foi autorizado pela justiça para assistir a uma segunda visita de peritos ao navio, que deve permitir uma análise ao gerador de emergência bem como ao elevador. A sua presença é na qualidade de "acusado e não de consultor" e, por isso, pode "estar presente, mas não intervir", explicou o juiz.
Uma primeira inspeção dos peritos, a 23 de janeiro, terminou com a confiscação de dois computadores da sala de comando.
Na noite de 13 de janeiro de 2012, o Costa Concordia, que navegava demasiado perto da costa, embateu num rochedo a poucas dezenas de metros de Giglio, com 4229 pessoas a bordo, entre as quais 3200 turistas.