"Portugal, se tivesse como Chefe de Estado um rei, não estaria na situação como está hoje e poderia sair mais facilmente dela", afirmou à margem do XVII Congresso da Causa Real, que se encontra a decorrer no Porto..Para o duque de Bragança, "um rei podia ter alertado com mais impacto os políticos para os problemas que estavam a criar", lembrando que "esta situação de descalabro não é de agora".."Já começou há muitos anos atrás quando se começaram a entusiasmar com o dinheiro da Europa e a gastar em obras de grande impacto visual e a aumentar o enorme número pessoas a viver à custa do Estado", disse..Em defesa da monarquia, salientou que um rei "é independente", equiparando-o a "um árbitro num jogo de futebol que não pode pertencer a uma das equipas em jogo".."Um rei, como é independente e não precisa dos votos, pode alertar os políticos e ajudá-los a perceber a situação e a corrigir os erros", sustentou..Acrescentou que, e comparando com outras monarquias contemporâneas da Europa, "quando numa monarquia actual um rei fala, o que é raro, as pessoas prestam atenção e acreditam no que ele diz". .O congresso assistiu ainda à substituição de Paulo Teixeira Pinto na presidência do movimento da Causa Real, sucedendo-lhe Luís Lavradio..O novo dirigente nacional afirmou que "a monarquia em si não é uma panaceia para todos os males de Portugal", tendo porém a "certeza que seria uma grande ajuda".