Colt: a história de uma arma de culto em vias de extinção

A fabricante norte-americana declarou insolvência. Mas o revólver Colt ficará para sempre na iconografia do Velho Oeste.
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O Colt é um culto. Poucas armas são tão conhecidas a nível mundial como este revolucionário revólver criado por Samuel Colt, um inventor e industrial norte-americano que em 1835, aos 21 anos, se lembrou de anexar à arma de fogo uma culatra rotativa que, depois de um disparo, girava e recarregava a arma. Cento e oitenta anos depois desta invenção, a fabricante norte-americana Colt - que expandiu para a produção de pistolas e caçadeiras - declarou falência para se poder reestruturar, devido, em parte, a uma prolongada quebra de vendas nos Estados Unidos.

Mas apesar de estarem em vias de extinção, as armas Colt ocuparão sempre um lugar de ouro na iconografia do Velho Oeste americano, rivalizando apenas com as Winchester ou Remington, símbolos de um tempo em que a única lei era a da bala. Não sendo uma das armas mais adquiridas em Portugal, Colt é, no entanto, "uma marca muito conceituada e muito apreciada ao nível do colecionismo por ser antiga", comentou, em declarações ao DN, o intendente Pedro Moura, do Departamento de Armas e Explosivos (DAE) da PSP.

O depósito do DAE guarda atualmente 84 armas (entre revólveres e pistolas) Colt apreendidas pela polícia, umas já declaradas perdidas a favor do Estado e outroas com depósito temporário, esclareceu o oficial. Nos últimos dois anos e meio passaram 181 armas Colt pelo depósito do Departamento de Armas e Explosivos da PSP, de vários calibres, dos 6.35mm e 7.35mm (calibre militar) aos .32mm e .38mm. Em alguns casos, foram armas utilizadas em crimes e por isso apreendidas, noutros são apenas armas ilegais ou sem licença atualizada.

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