"A 1 de abril de 2014 entra em vigor um novo pacote de cuidados ao abrigo da convenção para a endoscopia gastrenterológica, que garante a colonoscopia associada à analgesia do doente, reduzindo o efeito dissuasor à realização do exame. Este novo pacote de cuidados inclui a realização da colonoscopia e todos os seus procedimentos adequados [como a sedação], representando um elevado esforço financeiro do Ministério do Ministério da Saúde", refere o diploma..Segundo o despacho publicado hoje em Diário da República, as administrações regionais de saúde (ARS) têm até ao final deste mês para contratualizar com os hospitais o aumento do número de colonoscopias realizadas após prescrição do médico de família..O despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde assume que o número atual de prestadores convencionados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para colonoscopias é insuficiente para "permitir um alargamento desejado da deteção precoce do cancro colo-retal"..Até estar concluído o procedimento de contratação de convenções, o Ministério da Saúde considera necessário "garantir um adequado acesso a este tipo de exames"..Assim, o despacho determina que as ARS contratualizem com os hospitais do SNS o aumento do número de colonoscopias até ao dia 31 de março..Até à mesma data, a Direção-Geral da Saúde deve publicar as normas de orientação clínica para o rastreio do cancro colo-retal e para a realização das colonoscopias..O despacho determina ainda que os hospitais publiquem nos seus sites da Internet informação sobre as colonoscopias realizadas e respetivos tempos de espera. No diploma, recorda-se que é recomendável que todos os utentes entre os 50 e os 74 anos façam uma pesquisa de sangue oculto nas fezes de dois em dois anos.."Se este exame for positivo, o médico assistente deve realizar uma avaliação completa, designadamente através de exames endoscópicos (endoscopia digestiva alta ou colonoscopia)", refere..O diploma assinado pelo secretário de Estado Manuel Teixeira avisa ainda que, antes de um doente ser referenciado para um hospital, é desejável que o médico faça uma avaliação clínica, "evitando a sobre referenciação hospitalar e consequente aumento dos tempos e doentes em espera para consulta de gastrenterologia e exames de diagnóstico".