Colin Firth não volta a trabalhar com Woody Allen

O ator, que trabalhou com Woody Allen em <em>Magia ao Luar</em>, é a mais recente figura da 7.ª Arte a recusar associar-se ao cineasta após Dylan Farrow ter insistido nas acusações de que o seu pai adotivo abusou sexualmente dela quando tinha sete anos.
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Colin Firth anunciou a sua decisão em declarações ao The Guardian no mesmo dia em que Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen, deu uma entrevista à CBS em que revelou detalhes dos abusos sofridos pelo cineasta a 4 de agosto de 1992, ao mesmo tempo que negou ter sido "manipulada" ou "treinada" por Mia Farrow para fazer estas denúncias.

Mia Farrow e Woody Allen foram casados vários anos até ser descoberto que este último mantinha uma relação com a filha adotiva da atriz, Soon Yi, com quem o realizador vive atualmente.

As primeiras acusações sobre o comportamento de Allen surgiram em 1992 durante o processo de divórcio e ganharam nova dimensão em 2014, quando o realizador recebeu o Prémio de Vida dos Globes, com Mia Farrow e o filho biológico do casal, Ronan, a acusarem o primeiro de "abuso e violência sexual".

Em declarações ao The Guardian, Colin Firth afirmou taxativamente que não voltará a trabalhar com Allen, realizador com quem fez Magia ao Luar, em 2013, um ano antes de Dylan Farrow ter divulgado um texto a acusar o pai adotivo de a ter molestado sexualmente num sótão quando Mia Farrow estava fora de casa, às compras. Em dezembro de 2017, Dylan repetiu as acusações a Allen num artigo publicado no The New York Times na sequência do movimento lançado contra o assédio sexual em Hollywood após o caso de Harvey Weinstein.

Desde então, muitas atrizes manifestaram solidariedade com Dylan, entre elas Mira Sorvino, Greta Gerwig, Rebecca Hall e Rachel Brosnahan, lamentando ter trabalhado com Woody Allen.

Colin Firth também criticou duramente Weinstein, cuja produtora foi responsável pelo Discurso do Rei, em 2010, que valeu um Oscar ao ator.

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