Colbert. O braço-direito de Stewart que já quis ser presidente
"Um homem bem-intencionado, mas muito mal informado. Um idiota influente." Foi desta forma, ao criar a personagem homónima, que pretendeu ser uma crítica à avalancha de comentários de especialistas sobre tudo e mais alguma coisa na TV, que Stephen Colbert deu os primeiros passos a solo no pequeno ecrã, com The Colbert Report, formato irmão do The Daily Show, de sátira política, que se estreou há precisamente dez anos, celebrados hoje, na estação norte--americana Comedy Central.
Criado como um spin-off do ex-formato de Jon Stewart, o programa de late-night tornou o humorista um nome e uma cara reconhecível mundo fora, com o seu humor corrosivo e sarcástico. Foi também este o formato que Colbert se viu obrigado a abandonar, em dezembro do ano passado, quando soube que iria substituir David Letterman no Late Show da CBS. Para trás, ficaram nove anos de programa, quase 1500 episódios, nove prémios Emmy vencidos e convidados como Barack Obama, Robert F. Kennedy Jr., Hillary Clinton, George W. Bush, Sarah Palin, Neil deGrasse Tyson, Larry King, George Lucas, Neil Young, Ron Reagan, Lance Armstrong, Al Gore, Meryl Streep, Richard Branson, Paul McCartney, Barbara Walters e Conan O"Brien.
Aos 51 anos, o norte-americano já conta com uma carreira de mais de três décadas. O mais novo de 11 irmãos, nasceu desde logo com um elo ao mundo da política, em Washington. Assim que terminou os estudos em Teatro - Colbert queria ser ator dramático - começou a ficar interessado na comédia quando foi recrutado, aos 20 anos, para para o Chicago"s Second City, grupo de humor que viajava de norte a sul dos EUA em espetáculos de stand-up. Quando este coletivo começou a fazer sketches humorísticos para programas da Comedy Central, o talento de Colbert despertou a atenção de Jon Stewart. A partir de 1997, Stephen começa a colaborar no The Daily Show como correspondente conservador, que na verdade era tudo menos isso. O êxito da personagem levou, em 2005, ao seu próprio The Colbert Report. E levou a Time a elegê-lo como um dos cem mais influentes do mundo, em 2006 e em 2012.
Escritor, humorista, produtor e apresentador, lançou o livro I Am America (And So Can You), que se tornou best-seller do The New York Times, e chegou a candidatar-se para as presidenciais de 2008 enquanto personagem Stephen Colbert.
Leia mais na edição impressa ou e-paper do DN.