Cohen estava em contacto com Trump quando mentiu ao Congresso

O que admitiu o ex-advogado do atual Presidente dos EUA. Além de ter mentido em concertação com a Casa Branca, em 2016 tentou agendar uma viagem à Rússia, em plena campanha.
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Na sexta-feira à noite, os advogados de Cohen apresentaram um documento com 37 páginas com mais novidades sobre a relação deste homem e os negócios do seu mais importante cliente, o atual presidente norte-americano.

O documento diz que mentir ao Congresso foi feito ao serviço de Trump e que estava a colaborar com a Casa Branca e com a equipa jurídica de Trump. "Em cada caso, a conduta pretendia beneficiar [Trump], de acordo com as diretivas de [Trump]", escreveram os advogados de Cohen.

Na quinta-feira, Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Donald Trump, apresentou-se em tribunal e confessou ter prestado falsas declarações em dois comités do Congresso. O presidente dos EUA não perdeu tempo a dizer que aquele é uma "pessoa fraca".

Cohen tem estado a cooperar com a investigação do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia na eleição dos EUA em 2016 e possível conluio com a campanha de Trump. Foi ouvido durante 70 horas. A sua sentença está agendada para o dia 12, depois de se ter declarado culpado de evasão fiscal, declarações falsas a um banco, violações de financiamento de campanha, e mentido ao Congresso.

Manteve contactos com o Kremlin

Michael Cohen, soube-se esta semana, mentiu ao Congresso sobre a sua estratégia, em nome de Trump, para fechar negócio em Moscovo (a construção de uma Trump Tower). E soube-se também que os seus contactos foram para lá de janeiro de 2016, ao contrário do que afirmara anteriormente, tendo ido até ao final de junho. Donald Trump foi informado desses esforços, que se revelaram infrutíferos.

Do documento sabe-se agora também que o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, respondeu aos contactos de Cohen. "Ele e [Trump] também discutiram possíveis viagens à Rússia no verão de 2016, e Michael tomou medidas para marcar datas para tal viagem", escreveram os advogados de Cohen.

Concertou-se com a Casa Branca

Os advogados de Cohen escreveram escrevem que "nas semanas em que o advogado preparou a resposta por escrito aos Comités do Congresso, Michael permaneceu em contacto próximo e regular com o pessoal da Casa Branca e com os advogados [de Trump]". Ou seja, sugerem que a Casa Branca e os advogados de Trump sabiam o que Cohen ia dizerr no Congresso - ou seja, que ia prestar falsas declarações.

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