Co-fundador da Marsans detido por lavagem de dinheiro
Gerardo Díaz Ferrán, o ex-presidente da CEOE, a principal organização patronal espanhola, foi hoje detido em Madrid suspeito de um delito de ocultação de bens e lavagem de dinheiro, informaram fontes policiais.
O empresário, que foi proprietário da empresa de viagens Marsans, que faliu em 2010 e deixou uma dívida de 4,8 milhões de euros em Portugal, é uma das nove pessoas detidas no âmbito da operação Cruzeiro. Ángel del Cabo, que adquiriu a Marsans em 2009, é um dos detidos. As autoridades não descartam, contudo, a possibilidade de novas detenções nas próximas horas.
De acordo com a imprensa espanhola, foram encontrados em casa do empresário, em Madrid, 150 mil euros e um quilo de ouro.
Díaz Ferrán está envolvido em vários processos judiciais, entre os quais um relacionado com um empréstimo de 26 milhões de euros concedido pela Caja Madrid (que agora integra o grupo Bankia) e por todos os processos relacionados com a falência da Marsans.
Na quarta-feira, Ferrán deveria comparecer em tribunal numa audiência relacionada com a agência de viagens que fechou com dívidas de centenas de milhões de euros.
No início de Julho de 2010, centenas de pessoas que compraram pacotes de viagens à rede Marsans não puderam viajar, uma vez que a rede mandou fechar 30 lojas sem emitir voucher e sem pagar aos operadores. Mais de 300 reclamações foram recebidas no Turismo de Portugal e a associação de defesa dos consumidores DECO recebeu 621 queixas. A licença acabou por ser retirada à agência.