"A Comissão Europeia só nos veio dar razão. Ou o Governo não resolvia o problema [com os 450 milhões de euros de ajudas] de ninguém, e íamos todos para a massa falida, ou resolvia só o de alguns", afirmou à agência Lusa Durval Padrão, referindo-se ao facto de aquele empréstimo ter servido para pagar apenas aos "credores privilegiados"..O porta-vos considerou ainda "caricato" que a liquidez que está a ser gerada pelo fundo dos clientes de retorno absoluto esteja a ser usada para "pagar passivos que o Estado se apropriou".."A Comissão Europeia veio agora dizer o que nós já tínhamos dito ao Governo, mas isto não ajuda a resolver o nosso problema. Não temos outra solução que não seja os clientes irem para tribunal, mas isto só deverá estar resolvido no tempo dos nossos filhos", acrescentou Durval Padrão. . A Comissão Europeia, num comunicado emitido hoje, considerou que o Governo português quebrou as regras dos Estados-membros ao garantir em finais de 2008 um empréstimo de 450 milhões de euros ao Banco Privado Português..O Executivo português deve agora recuperar os 450 milhões de euros de ajudas ao BPP, até porque, diz a Comissão, "o baixo juro pago pela garantias" não respeita as regras de reestruturação da banca da comunidade europeia.