Clientes de retorno absoluto congratulam-se com decisão de Bruxelas

O porta-voz dos clientes de retorno absoluto do BPP congratulou-se hoje com a decisão de Bruxelas de considerar ilegal a garantia de empréstimo que o Governo português deu ao banco, mas ressalvou não ter benefícios práticos para os clientes.
Publicado a
Atualizado a

"A Comissão Europeia só nos veio dar razão. Ou o Governo não resolvia o problema [com os 450 milhões de euros de ajudas] de ninguém, e íamos todos para a massa falida, ou resolvia só o de alguns", afirmou à agência Lusa Durval Padrão, referindo-se ao facto de aquele empréstimo ter servido para pagar apenas aos "credores privilegiados".

O porta-vos considerou ainda "caricato" que a liquidez que está a ser gerada pelo fundo dos clientes de retorno absoluto esteja a ser usada para "pagar passivos que o Estado se apropriou".

"A Comissão Europeia veio agora dizer o que nós já tínhamos dito ao Governo, mas isto não ajuda a resolver o nosso problema. Não temos outra solução que não seja os clientes irem para tribunal, mas isto só deverá estar resolvido no tempo dos nossos filhos", acrescentou Durval Padrão.

 A Comissão Europeia, num comunicado emitido hoje, considerou que o Governo português quebrou as regras dos Estados-membros ao garantir em finais de 2008 um empréstimo de 450 milhões de euros ao Banco Privado Português.

O Executivo português deve agora recuperar os 450 milhões de euros de ajudas ao BPP, até porque, diz a Comissão, "o baixo juro pago pela garantias" não respeita as regras de reestruturação da banca da comunidade europeia.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt