Ciro não assume apoio a Haddad e desfaz ilusão do PT
Havia a expectativa de que Ciro Gomes, candidato do PDT, que nas eleições de 7 de outubro recebeu 13,3 milhões de votos (12,47%), pudesse apoiar o candidato do PT na segunda volta das presidenciais no Brasil, mas tal não aconteceu.
Num vídeo que publica este sábado nas redes sociais, o candidato, que regressou ontem ao Brasil, depois de uma viagem à Europa, disse que não iria tomar partido entre os dois candidatos que domingo vão ser escrutinados.
A esquerda esperava que Ciro Gomes pudesse apoiar Fernando Haddad do PT, mas este afirmou: "Claro que todo mundo preferia que eu, com meu estilo, tomasse um lado e participasse da campanha, mas eu não quero fazer isso por uma razão muito prática que eu não quero dizer agora. Porque, se eu não posso ajudar, atrapalhar é que eu não quero."
Logo depois de ter confirmada a derrota no primeiro turno, Ciro Gomes foi questionado sobre a disputa final entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (PSL). Na ocasião, ele manifestou-se logo contra a eleição do militar, dizendo: " Ele não, sem dúvida ".
Enquanto ainda concorria, o próprio Ciro chegou a dizer que votaria no ex-prefeito de São Paulo caso o petista fosse para o segundo turno em vez dele. Mas o candidato do PDT viajou para a Europa logo após a primeira volta das eleições e fez ruir também a esperança que o PT tinha de ele poder estar ao lado de Haddad em algumas ocasiões durante a campanha.
No vídeo deste sábado, o candidato recomendou o voto pela democracia e contra a intolerância. Segundo ele, o Brasil precisa, a partir de segunda-feira, construir "um grande movimento" para proteger o regime democrático e a sociedade mais pobre "dos avanços contra os direitos" e os interesses nacionais "contra a cobiça estrangeira".