Cimeira de líderes europeus termina sem acordo para a Grécia mas há otimismo

Primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, realçou que proposta grega é um ponto de partida e mostrou-se otimista relativamente a conseguir-se um acordo nas próximas 48 horas. Gregos admitem subir impostos
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A cimeira extraordinária de líderes europeus que se realizou esta noite em Bruxelas terminou sem qualquer acordo relativamente ao prolongamento da ajuda financeira à Grécia. Mas decorreu num espírito otimista, afirmou o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, no fim da reunião.

Em conferência de imprensa, Passos garantiu que as instituições europeias irão "trabalhar para que um acordo possa ser alcançado nos próximos dias".

Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciaram que haverá um eurogrupo extraordinário na próxima quarta-feira, onde se espera que seja desenhado uma versão final do acordo, de forma a apresentá-lo aos líderes dos estados membros no Conselho Europeu que se irá realizar no dia seguinte.

Juncker reforçou a ideia de que será necessário conseguir-se um acordo até ao fim desta semana, uma vez que o atual programa de resgate à Grécia termina no dia 30 e qualquer compromisso que se atinja, além de ter de ser aprovado pelos ministros das Finanças da zona euro, terá ainda de passar pelo Parlamento de alguns países, entre eles a Alemanha.

Na base do acordo a atingir estará a proposta que a Grécia apresentou hoje em Bruxelas, que prevê aumento das receitas fiscais e nas contribuições das pensões.

A Grécia terá de pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI a 30 de junho e, sem um acordo, continua sem ter acesso à última tranche do programa de resgate - de 7,2 mil milhões de euros.

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