Turquia quer abrir cinco novos capítulos na negociação para aderir à UE

Ancara promete ir mais longe na gestão da crise dos refugiados, caso UE se comprometa a acelerar processo de adesão do país
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A cimeira que devia durar metade do dia, entre a União Europeia e a Turquia, foi prolongada esta segunda-feira, depois de o primeiro-ministro turco oferecer "novas ideias", indo para além dos compromissos assumidos até agora por Ancara para lidar com o fluxo de migrantes em direção à Europa, explicou um responsável da UE. "Estão a oferecer mais mais também a fazer mais exigências", revelou a mesma fonte, no final da primeira sessão dos trabalhos.

Para a altura em que estava prevista uma conferência de imprensa conjunta entre o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, surgiu a informação de que a reunião iria além do almoço de trabalho.

"Há uma nova proposta. Estamos a tentar abrir a via para resolver este processo, por isso há uma nova proposta", informou o porta-voz do primeiro-ministro turco.

Segundo fonte da UE, a cimeira irá prolongar-se até ao final da tarde, de forma a que seja possível obter um acordo entre o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, e os líderes dos 28 estados-membros da UE.

Segundo fonte diplomática, as exigências turcas prendem-se, nomeadamente, com a antecipação da liberalização dos vistos, a abertura de cinco novos capítulos nas negociações da adesão da Turquia à UE - nomeadamente nas áreas da energia e assuntos internos.

Ancara pediu ainda, numa proposta avançada oralmente durante o almoço de trabalho, uma nova verba de três mil milhões de euros em 2018 e um compromisso dos 28 para que recebam um refugiado por cada migrante que seja devolvido à Turquia.

A UE já concordou numa verba de três mil milhões de euros à Turquia, que será atribuída este ano e no próximo, para ajudar a fazer face ao fluxo migratório.

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