Cimeira da Commonwealth marcada pelos boicotes

O príncipe Carlos abriu hoje em Colombo uma cimeira da Commonwealth marcada pelos boicotes de vários líderes em protesto contra o veto do Sri Lanka a qualquer inquérito internacional sobre o fim sangrento da rebelião tamil em 2009.
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O Presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapakse, que contava com esta cimeira para mostrar o dinamismo da economia do país desde o fim da guerra afirmou que a Commonwealth não devia ser uma organização que julga os seus membros.

"Se a Commonwealth quer continuar a ser útil para os seus membros, deve responder às necessidades dos povos e não transformar-se numa organização que pune ou julga" quem a compõe, afirmou Rajapakse num discurso pouco antes do início da cimeira. O anfitrião da reunião também alertou contra qualquer tentativa de um país impor uma "agenda bilateral durante a cimeira".

Esta cimeira de três dias é boicotada por vários líderes, entre os quais os primeiros-ministros da Índia, do Canadá e da Ilha Maurícia. E o chefe do Governo britânico, David Cameron, que esta manhã está em Colombo, deve deslocar-se já esta tarde para norte, para a região de Jaffna, antiga zona de guerra dominada pelos tamiles e marcada pelos confrontos sangrentos do final do conflito.

Cameron será assim o primeiro líder político estrangeiro a visitar essa região da antiga colónia britânica chamada Seilão e independente desde 1948.

Em 2009, o Governo do Sri Lanka esmagou a rebelião separatista da minoria tamil no Norte do país após um longo conflito étnico que, segundo a ONU, terá feito mais de cem mil mortos.

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