Cigarro eletrónico menos prejudicial do que tabaco

O cigarro eletrónico é menos prejudicial do que o tabaco convencional, afirmaram esta quinra-feira investigadores britânicos após realizarem aquela que é considerada a maior revisão científica sobre os efeitos deste produto.
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Apesar de se desconhecer os efeitos dos cigarros eletrónicos na saúde, a revisão feita pelos investigadores da Universidade de Queen Mary de Londres conclui que não se justifica aplicar uma maior regulamentação aos cigarros eletrónicos do que ao tabaco convencional.

"A evidência é clara: cigarros eletrónicos devem ser autorizados a competir contra os cigarros convencionais no mercado", afirmou Peter Hajek, investigador na universidade britânica. "Os reguladores têm de ter consciência que, ao impedir a entrada dos cigarros eletrónicos no mercado, estão a privar os fumadores de produtos mais seguros que lhes podem salvar a vida."

"Os profissionais de saúde devem advertir os fumadores que não estão dispostos a abandonar o uso de nicotina a trocar o cigarro convencional pelo eletrónico", acrescentou.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha a sua utilização e, em Portugal, também a Sociedade de Pneumologia (SPP) tem alertado que não se conhecem os efeitos destes produtos na saúde. A regulamentação nalguns países, como a Noruega, Singapura e o Brasil, proibe o consumo de cigarros eletrónicos.

Segundo a agência Lusa, um estudo divulgado em junho estima que quase 30 milhões de europeus experimentaram cigarros eletrónicos em 2012, sendo que a maioria, com idades entre 15 e 24 anos, fumava tabaco tradicional regularmente e já tinha tentado deixar o vício.

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