Os investigadores descobriram uma ligação entre a atividade nas amígdalas cerebelosas, localizadas no sistema límbico, e um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares..Já se sabia que esta zona do cérebro é mais ativa em pessoas com perturbações como 'stress' pós-traumático, mas nas conclusões do estudo avança-se que as amígdalas ordenam à medula óssea a produção de mais glóbulos brancos, que depois de libertados no sangue provocam a inflamação das artérias..Será esse processo que aumenta o risco de ataques cardíacos, angina de peito, insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais ou doença periférica arterial, sugerem, salientando que é precisa mais investigação para sustentar esta hipótese, uma vez que o estudo foi feito num universo reduzido de pessoas..Os cientistas já sabiam que as amígdalas cerebelosas são mais ativas em pessoas que sofrem de 'stress' pós-traumático, ansiedade ou depressão..Durante o estudo, que durou vários anos, 293 pessoas foram acompanhadas com exames regulares para ver se desenvolviam problemas cardiovasculares e 22 delas tiveram-nos..Em 13 das pessoas acompanhadas, que já tinham 'stress' pós-traumático, foi identificada atividade elevada nas amígdalas e o aumento de produção de uma proteína que indica inflamações no corpo..Com as conclusões do estudo, os autores esperam conseguir tratar melhor o risco cardiovascular associado ao 'stress'.."Eventualmente, o 'stress' crónico poderá ser considerado um grande fator de risco nas doenças cardiovasculares, monitorizado e tratado como outros fatores importantes", declarou Ahmed Wwakol, médico e académico da universidade de Harvard..A holandesa Ilze Bot, da universidade de Leiden, notou que "na última década, cada vez mais pessoas sofrem cronicamente 'stress' psicossocial diário", com "cargas horárias elevadas, insegurança laboral ou pobreza", o que pode levar a depressões.