Cidade olímpica

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Atletas treinam a marcha, outros correm e há quem prefira a passadeira do ginásio ou a bicicleta. Gente a levantar pesos, a fazer flexões e elevações por todo o lado e a treinar-se nos sítios mais improváveis. A entrar e a sair, a chegar e a partir, uns ainda concentrados na competição, outros a descontrair e a fazer contas à prestação. É a Aldeia Olímpica dos Jogos do Rio de Janeiro, construída entre morros, com ginásio e sala de refeições a funcionar 24 horas, onde não falta serviço médico, fast-food, lavandaria e até correios. Há jardins, piscinas, campos de jogos, salas de jogos, loja de souvenirs e os símbolos dos Jogos Olímpicos. E acaba de ser inaugurado um comissariado de polícia móvel. Com autocarros a sair a toda a hora e distribuídos por modalidades.

Uma autêntica cidade, com 18 mil habitantes, mais do que nos concelhos de Alcochete, Lousã ou Montemor-o-Novo. A ideia transmitida é garantir as melhores condições aos atletas, muitos obrigados pela televisão a entrar em prova depois das 23.00. Por exemplo, o voleibol tem acabado pouco antes das 02.00, hora do Brasil.

Os portugueses estão bem instalados, à entrada da aldeia, num prédio com uma sala de convívio e televisão, como acontece nos restantes, com as seleções distribuídas pelos andares e as suas bandeiras no exterior. Menos os norte-americanos, que não estão identificados. O mobiliário dos apartamentos resume-se às camas, a um armário de pano e a pufes. A cozinha tem o lava-loiça e uma rede a servir de janela.

Daqui a uns meses, se não anos, a construção deverá estar concluída, eventualmente com a substituição de alguns materiais, e dará lugar a um condomínio de luxo, bem situado e equipado. Diz-se que está tudo vendido.

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