Chuva dá vida ao eterno Vale da Morte

Chuvas torrenciais em outubro contribuíram para que as sementes agora brotassem provocando uma "mancha" de flores pouco vulgar num dos locais mais quentes da Terra
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É um fenómeno raro e que traz uma beleza que nem parece possível num local conhecido pela sua aridez. O Death Valley (Vale da Morte, no deserto Mojave, na Califórnia) tem a fama de ser o sítio mais quente na Terra, pois detém o recorde da temperatura mais alta: 56 graus a 10 de julho de 1913. As elevadas temperaturas não convidam ao aparecimento de flores. Aparece uma ou outra, mas uma "mancha" de flores é raro. As intensas chuvas de outubro contribuíram para que o Death Valley ganhasse agora vida. Mesmo que seja por pouco tempo.

Alan Van Valkenburg, guarda florestal no parque do Vale da Morte, salienta que o "super bloom", como apelida, pode acontecer uma vez em cada década e não dura muito tempo. Em outubro choveu quase tanto como normalmente chove durante a época toda de precipitação. "Quando se consegue as condições perfeitas, a tempestade perfeita, aquelas sementes podem brotar todas de uma vez", explica Van Valke. Para já, ainda não é um "super bloom", mas o guarda florestal tem esperança que, tendo em conta as flores que já apareceram, que realmente se assista ao raro fenómeno.

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No Facebook do Death Valley são colocadas fotografias da flores que vão aparecendo no local, mas a perspetiva de um "super bloom" está a suscitar grande curiosidade. No entanto, Van Valkenburg avisa os mais interessados em eventualmente ver tantas flores no Vale da Morte, que este tipo de fenómeno não dura muito tempo.

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