Marques Mendes: Chineses derrotados na compra do Novo Banco

Luís Marques Mendes anuncia na SIC que Banco de Portugal vai fazer esta semana a sua proposta ao Governo, que depois decidirá. Grupo Minsheng não apresentou garantias
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O Banco de Portugal vai remeter esta semana a sua decisão sobre a venda do Novo Banco para o Governo dar depois o ser veridicto final. E há "uma pequena reviravolta no processo": serão os americanos da Lone Star a ser colocados da posição de vencedores e não os chineses do grupo Minsheng.

"Os chineses, que tinham a proposta melhor, não vão ganhar. Afinal, não conseguiram apresentar as garantias necessárias", revelou este domingo Luís Marques Mendes na SIC. Prosseguindo: "Assim sendo, a proposta do Banco de Portugal apresentará certamente como vencedor o candidato seguinte - os americanos da Lone Star".

Esta será a proposta do regulador bancário e será acompanhada de um relatório com vantagens e desvantagens, cabendo a palavra final ao Executivo. A negociação com os vários candidatos foi conduzida pelo Banco de Portugal através do antigo secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro. Na plataforma que apoia o Governo a venda do Novo Banco não é pacífica. O PCP, por exemplo, defende que o banco que sucedeu ao BES fique sob controlo estatal, operacionalmente debaixo da alçada da CGD.

No seu comentário político, o ex-líder do PSD adiantou ainda uma outra novidade, desta vez sobre o problema do seu partido com a escolha de um candidato à Câmara Municipal de Lisboa. Segundo disse, um vice-presidente de Passos Coelho "sondou recentemente" o eurodeputado Paulo Rangel para candidato. Mas este terá recusado.

Segundo Mendes, a posição do PSD face a Lisboa "é um enigma". Ainda ninguém percebeu o que quer o PSD. Anunciou há duas semanas que queria fazer negociações com o CDS" mas "ao mesmo tempo, Passos continua à procura de um candidato próprio". Ou seja, "o PSD parece o hesitante no meio da ponte, nem para cá, nem para lá" e portanto "corre o risco de não recuperar nenhum grande município", o que "tem um problema: sem ganhar algumas grandes cidades, torna-se muito mais difícil ganhar eleições legislativas".

Decorre daqui outra pergunta: "Se perder as autárquicas, Passos Coelho aguenta-se como líder?" De acordo com o comentador da SIC, "os eleitores do PSD têm sentimentos contraditórios: por um lado, têm uma dívida de gratidão por aquilo que ele fez no Governo; por outro lado, têm a sensação de que neste novo ciclo o PSD não volta a ganhar eleições com Passos Coelho na liderança". Assim, o decisivo para os militantes serão as sondagens. No caso de um confronto interno entre Passos e Rui Rio, os militantes terão tendência para escolher quem as sondagens disseram que está melhor posicionado para um confronto com António Costa. Seja como for, um confronto, a existir, só será em 2018. "Rio já veio dizer que não quer Congresso este ano, para não prejudicar as autárquicas e Passos, se o fizesse, corria riscos enormes."

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