"O ano de 2018 foi de mudanças positivas, já que, quase todos os meses, tivemos uma boa e encorajadora notícia. Vamos tentar que 2019 seja ainda melhor em termos de resultados positivos", pediu hoje Federica Mogherini, discursando perante governantes e ativistas de todo o mundo, reunidos em Bruxelas num congresso mundial contra a pena de morte..A alta representante para a Política Externa da UE precisou que, "em janeiro de 2018, o Presidente da Gâmbia, Adama Barrow, apresentou uma moratória; em maio, o Burkina Faso retirou a pena de morte da lei; e em junho, o Benim retirou a pena de morte do código penal, enquanto a Autoridade Palestiniana aderiu ao acordo da ONU contra a pena de morte"..Por seu lado, continuou, "em agosto, a Igreja Católica declarou a pena de morte inadmissível em todas as circunstâncias, sem exceções, enviando uma mensagem muito forte aos católicos de todo o mundo", ao passado que, em outubro, "Washington se tornou no 20.º Estado dos EUA" a fazê-lo..Acresce que, em dezembro, "a resolução das ONU que pedia uma moratória universal às execuções foi aprovada pela maioria dos países".."O ano passado deu-nos esperança", acrescentou Federica Mogherini..A responsável observou que "cada vez mais e mais pessoas no mundo estão a perceber que a pena de morte nunca é a melhor opção", notando também que são também "cada vez mais os governos a agir".."Nós, na União Europeia, acreditamos [...] que toda a vida humana importa" e que "a resposta a um crime nunca deve ser outro crime", referiu Federica Mogherini..Vincando que "um Estado nunca deve dispor da vida de um ser humano", a chefe da diplomacia da UE alertou ainda que "o número de pessoas executadas permanece tragicamente alto", pelo que solicitou apoio às resoluções da ONU e o "envolvimento direto de todos os países" para abolir a pena de morte.