Charlie Sheen fez com que as pessoas se tentassem informar sobre o VIH

Cientistas chamam-lhe "Efeito Sheen" e já dizem que devia ser aproveitado para disseminar informação
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Nas horas após Charlie Sheen ter revelado que tinha VIH, as pesquisas no Google por "VIH", "sintomas de VIH", "preservativos" e "testes de VIH" aumentaram drasticamente, atingindo um recorde de pesquisas nos Estados Unidos. Investigadores que analisaram esses valores falam de um "Efeito Sheen" que levou as pessoas a quererem saber mais sobre o vírus, e dizem que este devia ser aproveitado para aumentar ainda mais a divulgação.

Os investigadores da Universidade de San Diego, que assinam o estudo científico publicado na revista Journal of the American Medical Association Internal Medicine, descobriram que no dia em que Charlie Sheen anunciou a sua doença houve mais 2,75 milhões de pesquisas por "VIH" do que seria normal, nos Estados Unidos. Juntando as pesquisas por preservativos e outros temas relacionados, os investigadores concluíram que houve uma subida de 417% nas pesquisas nesse dia.

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Citado na revista em que o estudo foi publicado, o investigador John Ayers disse: "Embora ninguém deva ser forçado a revelar a sua situação relativamente ao VIH, e todos os diagnósticos sejam trágicos, a revelação de Sheen pode beneficiar a saúde pública ao ajudar, potencialmente, muita gente a aprender mais sobre o VIH e a prevenção do VIH".

Charlie Sheen anunciou em novembro que tinha VIH, ou Vírus da Imunodeficiência Humana, que é o vírus responsável pelo surgimento da SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Aguda). O ator, antiga estrela de Dois Homens e Meio, explicou que tinha tentado esconder a doença do público, chegando a subornar pessoas em milhões de dólares.

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