CGTP acusa Bruxelas de "chantagem" e "subjugação"
Em comunicado, a central sindical afirma que "o processo sancionatório que dura há já vários meses constitui uma forma de chantagem e um instrumento de pressão sobre o Estado Português, com o intuito de travar a reposição de direitos e rendimentos e fazer regressar a política de exploração e empobrecimento dos trabalhadores, do povo e do país".
Esta tomada de posição surge na sequência, da redefinição de um novo prazo para a redução do défice excessivo português, por parte do Conselho da União Europeia, atendendo ao fato que a UE rejeitou-se a impor sanções a Espanha e Portugal.
Para a Intersindical esta é uma política de "chantagem" e de "direita" , por parte dos órgãos europeus e que, sobretudo no caso português, Bruxelas demonstrou "a sua própria responsabilidade, não só na adoção das medidas que esmagaram rendimentos e provocaram a destruição massiva de riqueza e da produção nacional, como também, designadamente, na sua direta ingerência na resolução do Banif, que elevou o défice de 2015 de 3% para os 4,4%, o que tem servido de argumento aos defensores da aplicação de sanções"
Para além disso, este órgão sindical relembra que pode estar em cima da mesa a possibilidade do congelamento dos fundos estruturais europeus, tal significa "arma de subjugação e controlo do Estado português [...] num período em que o investimento público e privado assenta nos projetos realizados ao abrigo do Portugal 2020", prejudicando assim o crescimento económico português no ano de 2017 e anos subsequentes.