CGTP: "35 horas são para aplicar num curto espaço de tempo"

Arménio Santos diz que aumento de impostos nos combustíveis deve ser assumido pelas empresas petrolíferas.
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O secretário-geral da CGTP afirmou esta quarta-feira que a redução do horário de trabalho para as 35 horas na Função Pública é "para valer, aplicar e concretizar num curto espaço de tempo".

Arménio Carlos, que falava após um encontro com o primeiro-ministro para analisar o Orçamento do Estado (OE) para 2016, disse que o teto de 10 mil novos funcionários públicos a contratar não é razão para impor uma aplicação gradual das 35 horas.

O dirigente sindical sugeriu que se faça "um levantamento" das necessidades de pessoal nas diferentes áreas da Administração Pública para permitir que, dentro daquele teto, possam ser contratados os enfermeiros necessários para o Serviço Nacional de Saúde sem que isso fala aumentar a despesa pública.

Sobre o aumento de impostos previsto na proposta do OE2016, Arménio Carlos realçou a importância de verificar "a quem se dirige e quem [o] paga".

"Até aqui só os trabalhadores e os pensionistas" eram penalizados por via do IRS, "enquanto as empresas reduziam o IRC" sem que daí tivessem "resultados para a economia".

No caso do imposto sobre os combustíveis, o líder da CGTP defendeu que o seu aumento deve ser assumido pelas empresas petrolíferas que, nos últimos anos, tiveram "aumentos brutais de lucros" enquanto os trabalhadores empobreciam.

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