Cessação tabágica não deve ocorrer através de cigarro eletrónico

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) esclareceu hoje que a incidência de doenças respiratórias pode ser reduzida "através da cessação tabágica que não deve passar pelo uso do cigarro eletrónico".
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Numa nota emitida após um comunicado sobre a comercialização e o uso do cigarro eletrónico, "a Sociedade esclarece a interpretação dos factos emitidos através da comunicação social, alegando não existir qualquer relação entre a incidência de doenças respiratórias e o uso do cigarro eletrónico".

De acordo com a SPP, "o tabagismo é a principal causa de doenças respiratórias em Portugal e em todo o mundo e que a incidência das mesmas pode ser reduzida através da cessação tabágica que não deve passar pelo uso do cigarro eletrónico, sendo para tal necessário novos estudos".

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia refere que a nicotina presente nos cigarros eletrónicos "só por si não provoca danos a nível do aparelho respiratório, mas mantém os níveis de dependência dos indivíduos, dificultando a cessação tabágica".

O cigarro eletrónico continua a dividir as opiniões no que se refere à sua utilização na cessação tabágica, ainda que o Parlamento Europeu (PE) proponha que os cigarros eletrónicos continuem a pertencer à categoria dos produtos de tabaco, em vez de serem equiparados a medicamentos.

A cessação tabágica foi um dos temas que esteve na base de alguns dos debates do XXIX Congresso de Pneumologia que decorre em Albufeira, no Algarve, desde sexta-feira, e que termina no domingo.

A discussão do primeiro dia do congresso incidiu sobre a cessação tabágica, considerada a única medida de tratamento efetiva para evitar a progressão e a incidência das doenças respiratórias.

O tabaco é um dos mais elevados fatores de risco das doenças, segundo a SPP.

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