Centro judaico fecha portas após ameaças de grupo neo-nazi
Cruzes suásticas pintadas e sucessivas ameaças de "sabemos onde vivem" por parte do grupo neo-nazi sueco Nordfront levaram um centro judaico a fechar portas ao fim de sete anos na localidade de Umea.
Carinne Sjoberg, porta-voz da comunidade judaica citada pela BBC, disse que várias pessoas já não se atrevem a ir ao centro com medo da campanha de ódio lançada por aquele movimento de extrema-direita.
"A minha mãe e o meu pai são sobreviventes" do Holocausto, pelo que "já chega. Tem sido como regressar ao seu passado nos anos 1930", lamentou Carinne Sjoberg.
Com vários membros da comunidade local a afirmarem que as autoridades têm sido incapazes de garantir a segurança do centro, a gota de água foi um vidro partido do carro de um deles.
"As nossas crianças vão à escola, pelo que os elementos da comunidade começaram a sentir que não as podem trazer" ao centro comunitário, explicou Carinne Sjoberg.
A extrema-direita tem vindo a crescer na Suécia, a exemplo de outros países europeus. Há cerca de dois anos, precisamente em Umea, foi celebrado o aniversário da Noite de Cristal - de 9 para 10 de novembro de 1938, quando começou uma onda de violência contra os judeus na Alemanha - sem que a comunidade judaica local fosse convidada.