(ATUALIZADA) Centeno fora da corrida ao FMI?
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Há dias a Reuters avançava que Mário Centeno - que além de ministro das Finanças de Portugal é presidente do Eurogrupo - fazia parte da short list de cinco nomes para suceder a Christine Lagarde à frente do Fundo Monetário Internacional. Mas esta segunda-feira, a Bloomberg avança que o ministro das Finanças português já não está na corrida.
Segundo a agência, a França, que está a liderar a escolha, terá reduzido a lista a três nomes: o ex-ministro das Finanças holandês e ex-presidente do Eurogrupo Jeroen Dijsselbloem, a diretora geral do Banco Mundial, a búlgara Kristalina Georgieva e o governador do Banco da Finlândia Olli Rehn.
A primeira ronda de negociações terá sido liderada pelo ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.
A liderança do FMI recai em regra sobre um responsável europeu. Já a presidência do Banco Mundial fica tradicionalmente a cargo de um norte-americano.
A Reuters tinha dado como possíveis candidatos, Mário Centeno, Kristalina Georgieva, o holandês Jeroen Dijsselbloem que é ministro das Finanças da Holanda, Nadia Calvino (ministra espanhola da Economia e Olli Rehn (governador do Banco Central da Finlândia)
Calvino e Centeno seriam apoiados pelos países do Sul, enquanto Dijsselbloem e Rehn teriam os estados do Norte do seu lado,
O Fundo Monetário Internacional anunciou entretanto que a escolha do sucessor de Lagarde iria oficialmente de 29 de julho a 6 de setembro.
António Costa tinha admitido em meados deste mês, numa entrevista à rádio Observador, a possibilidade de o ministro das Finanças vir a liderar o FMI. "É uma hipótese" a ser considerada "mas não é objetivo", defendeu, acrescentando que "neste momento é prematuro estar a fazer juízos de probabilidade".
O primeiro-ministro abordou também a hipótese de Mário Centeno ocupar uma pasta na futura equipa da Comissão Europeia na área da gestão do euro, A esse propósito, referiu já ter conversado com a nova presidente, a germânica Ursula Von der Leyen, tendo então ficado acordado que cada país apresentaria sempre dois nomes, um de cada género.
"Da nossa parte, foi dito [a Ursula Von der Leyen] quais as nossas preferências em matéria de responsabilidades na Comissão Europeia e que os nomes que apresentaríamos seria em função dos pelouros", esclareceu António Costa. E adiantou que, para Portugal, "era importante ter alguém a assumir uma função na área dos fundos europeus ou do orçamento".